Vivendo todos os dias com uma faca cravada no peito,e qualquer gesto minúsculo que eu faça ela me perfura cada vez mais,já não me movo como antes,pretendo ficar parada aqui e se necessário para sempre,mas não é só os minúsculos movimento que me fazem sentir a dor,todas as vezes que meu cérebro procura por você,meu coração ousa sangrar um pouquinho, não por causa da perfuração, mas por quebrar as regras, pois a razão demandou isto, mas o coração infringi sempre que pode, e assim sendo punido.De mãos atadas já não posso fazer mais nada, as marcas antes levemente vermelhas já estão roxas, já faz algum tempo que elas estão ali, a pulsação cada dia menor, fazendo me sentir cada vez mais frágil, obviamente uma maneira cruel de se partir, porque ainda respira?
Eu queria poder desesperadamente correr, naquela direção que sei que me levara até você, mais uma vez não consigo, meus pés acorrentados ao chão com um peso enorme e absurdo me impedem de andar, sem mencionar nos pequenos cadeados em volta do meu corpo, e sendo assim por que ainda vive?
Existe algo dentro desse corpo que embora esteja bruscamente machucado, não levou se quer um arranhão diante de tudo que esta passando, não esta sangrando, não esta doendo, não esta ferido.Esqueceram de cortar o mal pela raiz, dentro desse corpo ainda vive sentimentos que fazem esse cérebro pensar, que fazem esse coração cravado amar, essas mãos te tocar.
Mata-me aos poucos fisicamente, mas por dentro todas as coisas estão intaquitas, estão fortes jamais irão parar de crescer e renascer,tentaram e estão tentando mas não estão conseguindo, o que existe de valor não esta no meu físico,esta guardado dentro de mim, e é o motivo pelo qual ainda resisto pelo qual ainda me permite viver.
